terça-feira

Biomas do Brasil representam mais do que biodiversidade... traduzem a cultura de um povo

    Dia 09 de maio de 2011 realizou-se na sede do Crea de Sant'Ana do Livramento mais uma reunião da Red-e Pampa, na oportunidade a Engenheira Agrônoma Andréa Nunes de Sá Brito fez uma apresentação de sua tese de mestrado  " Entre o Corredor e a Estância: Dinâmicas Sociais e Produtivas na APA do Rio Ibirapuitâ", pela Universidade Federal de Santa Maria.
     Estive presente juntamente com alguns colegas do curso de Tecnologia em Agroindústria da Uergs e o professor Anor Aluizio Menine Guedes, tivemos a oportunidade de conhecer, através do trabalho apresentado, não somente as questões ambientais que dizem respeito a APA do Ibirapuitâ mas também a dinâmica social que esta presente nas comunidades que lá residem. Como alguns sabem vivi a minha infância no interior do município e pude reconhecer no trabalho a realidade do povo que vive no campo, a identidade do gaúcho da região da fronteira, seus costumes, o trabalho na lida do campo, como é dada a relação entre os agentes que se inserem no contexto da produção a partir da terra. 
    Dos vários temas pontuados, o que mais me chamou a atenção, principalmente por estarmos em vésperas da votação do novo código florestal foi a contextualização da APA dentro do Bioma Pampa, bioma esse que segundo Andreia é um bioma menos preservado em comparação aos demais biomas do Brasil como a Mata Atlântica e a Amazônia. O bioma pampa caracterizado como um bioma de transição cuja vegetação é predominantemente campestre, plantas herbáceas e arbustivas são dominantes, enquanto que as formações florestais restringem-se principalmente às margens dos rios, essa paisagem pouco a pouco esta sendo destruída com plantações e a criação de gado, principalmente porque a devastação não e tão nitida como a extração de uma floresta como no caso da Amazônia.
   O trabalho apresentado foi extremamente pertinente, já que o panorama socio-ecológico nos trouxe a compreensão dos temas estudados na cadeira de Sustentabilidade e Desenvolvimento Regional, se faz necessário uma compreensão da realidade dos povos que ali vivem e das culturas praticadas para que uma política de desenvolvimento social, econômico e ambiental seja postulada e aplicada eficientemente e não fique apenas no papel.


Nenhum comentário:

Postar um comentário